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05/08/2018: ‘Pippin – O Musical’: Totia Meireles, Nicette Bruno, Felipe de Carolis e Claudio Botelho falam sobre o espetáculo

Mais nova empreitada de Charles Möeller e Claudio Botelho no teatro musical, “Pippin”, versão do original escrito por Roger O. Hirson e encenado na Broadway em 1972, estreou nesta sexta-feira (03), no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. Unida desde 1997, a renomada e perfeccionista dupla chega ao seu espetáculo de número 48 com a mesma gana de acertar do primeiro (“As Malvadas”), porém, sem uma autoimposição para tal capricho.
Em entrevista coletiva realizada para divulgar a peça, que apresenta uma trupe teatral que conta a saga do príncipe Pippin atrás do verdadeiro significado da vida, o RIO ENCENA conversou com Claudio Botelho, responsável pela versão brasileira. Ele contou que na parceria com Möeller – que assina a direção – a busca pela perfeição ocorre naturalmente, principalmente, porque eles “vivem” de teatro.
— Não é planejado, mas a gente só vive disso. Não saímos à noite, a não ser para jantar, não temos uma vida social. Vida social só entre nós mesmos e com pessoas próximas dos espetáculos. Nossa vida é só dedicada a isso. Então, é como se a gente tivesse 48 filhos. E queremos que o 48º também viva bem. A proposta não é fazer com que seja um tipo de desafio para nós mesmos, mas queremos que seja perfeito — explica Botelho.
Como peculiaridade, ‘Pippin’ traz uma característica que o próprio Botelho admite não ser tão fã: as coreografias como o principal brilho. Para dar conta desta área, a dupla de diretores convidou o coreógrafo Alonso Barros, com quem já tinham trabalhado no musical “Sweet Charity”, em 2007.
— Este é o espetáculo que eu já trabalhei em que a dança é a coisa mais importante, mais contadora de história. Inclusive, sou avesso à dança, prefiro sem dança, tenho preguiça de dança. Mas fico entusiasmado com a dança nesse espetáculo graças ao Alonso, que trabalha com a gente há tanto tempo. Em assunto de dança, nem me meto. É com ele — brinca.
Para apresentar toda a coreografia que acompanha as músicas de Stephen Schwartz, foram convocados 19 atores. Deste total, ao menos um nome sempre foi uma certeza para Möeller e Botelho: Totia Meirelles. Claudio Botelho lembra que uma de suas primeiras iniciativas após adquirir os direitos da peça nos Estados Unidos foi contactar a atriz:
— Desde o primeiro dia (pensamos nela). Compramos o espetáculo em Nova York, eu paguei, liguei para ela e disse: “essa peça é para você”. E ela aceitou super bem, é muito parceira. Já fizemos muitas coisas juntos. A gente aguenta as loucuras dela, o nervosismo. Ela aguenta o nosso… É da família — comenta Botelho, que já teve a atriz em três de suas montagens: ‘Gypsy’ (2010), ‘Cristal Bacharach’ (2004) e ‘Nine – Um Musical Felliniano’ (2015).
O desejo dos idealizadores de ter Totia no elenco, aliás, é proporcional à importância do papel dela na trama. A atriz interpreta a Mestra de Cerimônias, responsável por liderar a trupe teatral que apresenta a saga existencial do protagonista. Multifuncional, a personagem acabou se mostrando para a atriz como a mais particular dentre todas as que já encarnou nos palcos.
— Não é a mais complexa, mas a mais diferente. Tem horas em que ela é apresentadora, mas às vezes é a dona da trupe. Ela quebra a quarta parede, fala com o público… Então, é um personagem cheio de “vai e volta”. E que pode ser tudo: a morte, a vida, o bem, o mal… — explica Totia, brincando com o desgaste  por estar em cena quase que integralmente: — Estou em cena quase o tempo todo. Cansativo, nunca é. Quer dizer… sempre é (risos). Mas nunca é um cansaço ruim, é sempre produtivo.
Dentre todas as funções da Mestra de Cerimônias, a principal, claro, é apresentar a trajetória do personagem-título, que coube a Felipe de Carolis. Apesar de ter 29 anos, o ator já acumula 17 anos de carreira, inclusive com quatro musicais no currículo – “O Despertar da Primavera” (2009), “Beatles num Céu de Diamantes” (2008), “We Will Rock you” (2016) e “Rocky Horror Show” (2016). Com tal experiência, ele garante que lida bem com a responsabilidade por interpretar o protagonista, mas destaca um grande desafio que tem pela frente.
— Sou o único que tem solo, ou seja, sem coro. É meu primeiro espetáculo assim. Isso é bem legal, mas desafiador. Tive febre antes da estreia e fiquei fanho. Não fiquei preocupado, mas o tempo de recuperação é chato. E minhas músicas não têm salvação, não tem ninguém para me ajudar, não tem voz que vai entrar… Então essa parte técnica é desafiadora, sim — admite Felipe, destacando um dos pontos de “Pippin” que lhe agradou: — Gosto de trabalhar em espetáculos que digam quem sou e com quem quero dialogar. E com essa peça, quero falar com essa geração Millenials, de uns 25 anos, que tira a própria vida por muito pouco. Que fica insatisfeito com algo e rompe com a vida. Na peça, tem um momento em que acham que não estou satisfeito com nada e propõem que me mate. E eu me penduro lá em cima (aponta para uma espécie de trapézio). Assim, a peça chega a este ponto de dureza que é o cru da vida.
Além da Mestra de Cerimônias, outra personagem com quem Pippin tem uma ligação direta é sua vó, que o aconselha a viver a vida de uma forma para lá de intensa. O papel ficou com Nicette Bruno, que do alto de seus 85 anos de vida e mais de 70 de carreira, é a mais experiente de um elenco majoritariamente jovem. O que, aliás, não chega a ser um problema para a veterana atriz.
— Este espetáculo está exatamente como gosto: com uma paixão pelo teatro e por estar realizando coisas que envolvam o talento de jovens. Conheço a maioria deles, são todos talentosíssimos. Temos um ambiente interno maravilhoso, e isso é fundamental, porque passa para o público. Todos com vontade de acertar, de dar o seu melhor — encerra.

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