Uma sociedade em que os jovens estão desiludidos, em busca daquele “algo a mais” que as drogas e o sexo não mais oferecem. Quando isso não acontece, alguns escolhem a trágica saída do suicídio. Poderia ser perfeitamente o retrato do mundo atual, mas são essas características que tornam o musical Pippin tão atual. É o que os cariocas poderão perceber a partir da sexta-feira, 3, quando estreia, no Teatro Clara Nunes, a montagem concebida e dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho. “Faz anos que tentamos montar Pippin, um dos nossos musicais preferidos, mas o projeto era sempre adiado. Hoje, posso dizer ‘ainda bem’, pois estamos mais preparados agora para enfrentar esse trabalho tão desafiador como fascinante”, observa Möeller. De fato, desde sua estreia na Broadway, em 1972, Pippin tornou-se um caso especial. “Afinal, traz o espírito de uma América afundada em uma enorme rebordosa do sexo, das drogas e das orgias, que marcaram os anos anteriores”, comenta Möeller