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Totia agiganta e arrebata do início ao fim

Clássico da Broadway e exemplo dentre todos os musicais já montados desde a década de 60, Gypsy chegou ao Brasil no ano de 2010 pelas mãos competentes da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho. O musical aportou primeiro no Rio de Janeiro, onde cumpriu temporada de abril até junho, e agora chega a São Paulo onde cumpre também curta temporada até outubro. Com estreia prevista apenas para dia 23 de julho, o musical fez uma pré-estreia fechada apenas para convidados (como este que vos escreve).
O musical conta a história da stripper norte americana Rose Louise Hovic, mais conhecida como Gypsy Rose Lee, e foi baseado em sua auto biografia. Mas a grande protagonista do musical não é Gypsy (encarnada com maestria por Adriana Garambone), mas sim sua mãe, uma das personagens mais místicos e importantes da história dos musicais: Mamma Rose. Quem dá vida à Rose é a atriz Totia Meirelles, que encarna a personagem fazendo com que esse seja o grande papel de sua carreira.
Logo no início, Totia já mostra que sabe bem como dar vida à mãe preocupada e obcecada pela carreira das filhas. Baby Louise (Juliane Oliveira) e Baby June (Larissa Manoela) – a qual cativou a platéia logo de início. O espetáculo também contou com efeitos cênicos profissionais e trocas de cenário exemplares, mostrando que o Brasil chegou, enfim, ao estatos de Broadway na montagem de musicais pelas mãos de Möeller e Botelho.
Os atos são divididos quase que pela importância que a mãe, Rose, dá para a carreira de cada filha. O primeiro ato retrata a luta de Rose para que as filhas tornem-se estrelas, e para que o destaque seja June. E, para tanto, ela conta com a ajuda do falido empresário Herbie, vivido corretamente por Eduardo Galvão (que só tem sua grande cena já no final do espetáculo, quando Herbie abandona Rose). O mote do primeiro ato fica na aposta de Rose na carreira de June com o passar dos anos, deixando Louise sempre em segundo plano. Renata Ricci, que interpreta June já crescida, soube bem como dar vazão aos problemas de uma artista teen que vive o sonho da própria mãe. As coisas só mudam mesmo já no final do primeiro ato, quando June decide abandonar a mãe para tentar uma carreira mais sólida. Grande momento onde Totia encanta em grande interpretação e ao cantar “A Vida Será Cor-de-Rosa”, versão de Botelho para “Everyting’s Coming up Roses”. Totia, aliás, consegue em Gypsy mostrar todos os seus dotes de atriz que canta (muito) bem. Mesmo já tendo protagonizado, em 2004,Cristal Bacharach, o grande momento de Totia é em Gypsy,onde mostra seus dotes em grandes números como “Gente”(“Some People”), “Um Quase Casal” (“Small World”) – em dueto correto com Eduardo Galvão – e, dentre outras, a supracitada“A Vida Será Cor-de-Rosa”. Totia pode.
O segundo ato representa a aposta de Totia na carreira de Louise, e marca também os momentos mais hilariantes da peça, protagonizados pelas três strippers Mazeppa (Sheila Matos), Electra (Ada Chaseliov) e Tessie Tura (Liane Maya) que, desde o primeiro momento em que entram em cena, já conquistam o público. O ápice das três é em seu número “Um Truque” (“You Gotta Get a Gimmick”). O sonho de fazer com que a filha torne-se uma estrela é tão grande que, na primeira oportunidade, faz com que a filha seja a atração principal do teatro burlesco em que se encontram após a falência do teatro de variedades, de onde vieram. Adriana Garambone tem seu segundo grande número (o primeiro é a delicada “Carneirinho”, versão de “Little Lamb”, que mostra que Garambone também é uma atriz que sabe cantar bem) quando faz a transformação da tímida menina Louise para a stripper divertida e desinibida Gypsy Rose Lee. O número“Deixa que eu te Encanto” (“Let me Entertain You”), que fora protagonizado por diversas vezes por June, tornou-se o ápice de Gypsy. Mas o grande ápice do espetáculo é de Totia. Já no final quando interpreta versão arrasadora de “Rose’s Turn”“A Hora da Rose” é a hora de Totia, que provoca sentimentos dos mais variados ao encarnar a sempre complexa Mamma Rose. É o momento de Totia Meirelles que, junto a todo o elenco e produção, envolve do início ao fim de Gypsy.

 Foto: Leo Ladeira / Resenha de : Bruno Cavalcante postada em:Infinitivamente Pessoal

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